segunda-feira, 29 de agosto de 2016

"Habeas corpus"

Não condenes as suas escolhas por favor...
Tomadas por entre medos e mágoas,
Ambos padeciam de contaminado Amor.
Já nada vos tinha para oferecer!

Tudo realmente seria lógico prever...
Coração de ambos seria cruelmente amputado,
Demorada recuperação prometida...
Cicatrizes gangrenadas... Por fim, a alma perdida.

Deambulava sozinha...
Presa num inferno de quem já não pode amar,
Redefinir sonhos... Isola-los... Retirar-lhes as asas,
Para não mais poderem voar!

Engolir a fome da tua voz...
E a inexperiência de sem ti viver,
Profanaram a sanidade restante,
Uma tentativa quase falhada... De se erguer.

Tantas vezes ela batalhou...
Contra a vontade desenfreada,
De esquecer tudo... E para ti voltar,
Mas esta talvez tenha sido a prova maior...
Do verbo supremo e arrebatador...
Amar.

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